sexta-feira, 11 de junho de 2010

O mundo, agora, respira futebol!

Começou hoje o maior evento esportivo: a Copa do Mundo. Pela manhã (horário de Brasília), a bola rolou entre a seleção anfitriã África do Sul e o México. A partida terminou empatada em 1 a 1. Resultado até justo, diante do que mostraram os adversários.

Os visitantes entraram em campo com tudo, mas se depararam com um contrataque perigoso dos sulafricanos, comandados pelo brasileiríssimo Carlos Alberto Parreira. Uma equipe que mostrou, no mínimo, muita garra além, claro, do amplo apoio da torcida com suas ensurdecedoras vuvuzelas.

À parte da disputa com bola, este primeiro post sobre a Copa do Mundo da África do Sul é mais para lembrar que um evento esportivo como este vai (ou ao menos deveria ir) muito além do futebol.

Sabemos que, a cada quatro anos, a história se repete: todos param para torcer por uma ou outra seleção e, muitas vezes, se esquecem dos mais variados problemas que estão aí, visíveis ao mundo. Para muitos, o espetáculo é uma válvula de escape. Para outros tantos, até uma alienação.

Não estou aqui criticando a paixão pelo futebol. Ao contrário! Sou uma incentivadora desta paixão! Até porque vejo o esporte em geral, no qual se inclui o futebol, como ferramenta de educação e desenvolvimento social.

O que quero, na verdade, é lembrar a todos que devemos, sim, torcer, vibrar, chorar, enfim, viver o clima de uma Copa do Mundo, mas sem nos esquecermos da realidade política e social que vivemos. E isso não vale apenas para o Brasil.

Basta considerarmos o país-sede deste Mundial. A África do Sul, embora historicamente tenha superado o regime de segregação racial, ainda sofre com inúmeros problemas, dentre os quais estão, só para citar, o subdesenvolvimento e a AIDS.

Principalmente para os sulafricanos, é difícil dimensionar o tamanho da conquista que é sediar a Copa do Mundo. Tomara, porém, que os frutos continuem a ser colhidos após o encerramento da competição!