segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Que venha 2012!

Foi grande a evolução. Em 2010, chegamos à última rodada do Brasileirão com o então estreante Atlético Clube Goianiense brigando diretamente com o Vitória-BA para não ser rebaixado. E não foi. Neste ano, o Dragão fez melhor. No jogo de despedida da temporada 2011, goleou o América-MG por 5x1 e garantiu vaga na Copa Sul Americana.

Os 48 pontos conquistados garantiram ao rubro-negro goianiense o 13º lugar na classificação geral. E poderia ter sido melhor se, na reta final do torneio, o time não tivesse apresentado uma leve queda de rendimento. Houve um momento na competição em que o torcedor chegou a sonhar com classificação para a Libertadores da América. Analisando friamente, algo pouco provável, mas que não era impossível.

Ainda assim, o saldo é mais que positivo. A classificação para a Copa Sul Americana já é um novo capítulo da história atleticana, recentemente marcada por uma destacada evolução. O crescimento da equipe é visível, a começar pelos resultados. Regionalmente, o Atlético é o atual Bicampeão Goiano, além de ser o único representante do Estado na elite do futebol brasileiro.

Sem desmerecer a história do Goiás Esporte Clube, e muito menos a tradição esmeraldina, mas não da pra negar que o momento rubro-negro é ímpar. Nos últimos 5 anos, o Dragão saiu do “fundo do poço” e conquistou respeito e admiração, inclusive nacionalmente. De quebra, despertou a inveja e faz despontar uma nova rivalidade em território goiano.

O fechamento da temporada foi marcado, ainda, pela despedida do baixinho Anailson que, neste mesmo período, deixou sua marca no clube, contribuindo diretamente para a fase de reestruturação e superação atleticana. Em 2011 a atuação do jogador ficou comprometida pelas sucessivas contusões, mas isso não apagou a importância histórica do mesmo para o Dragão. E que despedida emocionante! Foi de Anailson o quarto gol do Atlético sobre o América-MG. Diga-se de passagem, um gol antológico!

Mas, passadas as merecidas comemorações, é hora de pensar em 2012. E planejar. O contrato com o técnico Hélio dos Anjos foi renovado e mudanças no elenco começam a acontecer. Com a saída de Vitor Júnior para o Corinthians, faz-se necessária a contratação de um camisa 10. Só pra citar, afinal, outros ajustes também são válidos.

Definitivamente, pelo balanço final de 2011 que, para o futebol goiano, termina com o rebaixamento do Vila Nova à Série C do Campeonato Brasileiro e a permanência do Goiás na B, o Atlético entra no próximo ano como, no mínimo, favorito ao Tricampeonato estadual. Sem contar o calendário, que promete ser puxado, já que o clube acrescenta a disputa da Sul Americana e também da Copa do Brasil. Tomara, então, que o novo ano seja de novas conquistas na história rubro-negra. Parabéns e sucesso, Dragão!

sábado, 19 de novembro de 2011

Dragão recuperando o fôlego

O Atlético-GO quebrou a péssima sequência de resultados no Brasileirão (4 derrotas consecutivas) ao empatar com o Santos, por 1x1, na última quinta-feira. Vale lembrar que no jogo realizado no Pacaembu houve, no mínimo, uma leve influência do chamado “apito amigo”. Ou inimigo, dependendo da parte. O rubro-negro goianiense vencia por 1x0 desde o primeiro tempo, teve o volante Agenor expulso aos 17 minutos da segunda etapa e suportou a pressão do Peixe até os instantes finais. Mas o árbitro mineiro Alício Pena Júnior deu exagerados 6 minutos de acréscimo. Bastou o alvinegro empatar para o ex-Fifa encerrar a partida.

Ainda assim, o resultado deve ser comemorado pelo torcedor atleticano, pois sinaliza para a retomada de fôlego da equipe. Também computou um ponto a mais, possibilitando um certo alívio quando o assunto é rebaixamento. O Atlético-GO, reafirmo, não cai! Resta acreditar e torcer pela tão sonhada vaga na Copa Sul Americana.

Neste domingo, o Dragão tem duelo rubro-negro e recebe o Flamengo no Estádio Serra Dourada. No primeiro turno, foi este confronto que despertou as atenções para o clube goiano. O embate no Rio de Janeiro terminou numa histórica goleada por 4x1. Histórica não só pelo placar elástico, mas pela queda do último invicto no Campeonato Brasileiro, após 17 rodadas.

Para o time carioca, mais que uma revanche, a vitória alimenta a expectativa de classificação à Copa Libertadores. Também faz-se necessária para recuperar a moral do Fla junto a sua apaixonada e gigantesca torcida. Para o Atlético, vencer novamente significa reacender o fogo do Dragão.

Neste término de temporada, o Atlético ainda enfrenta o Grêmio fora de casa e recebe o América-MG em Goiânia. Na primeira fase da competição, esta mesma série de jogos, do Santos ao Coelho, foi marcada por 100% de aproveitamento atleticano. Fritou o Peixe, sapecou o Urubu, comemorou com churrasco gaúcho e coelho assado. Somada à vitória sobre o Coritiba na abertura do returno, foi a melhor sequência draconiana: 5 vitórias consecutivas.

Lamentavelmente, o mesmo desempenho já não é possível, após o sofrido empate do Santos aos 50’ do segundo tempo. Ao menos os jogadores demonstraram que o Dragão está vivo e recupera o fôlego. Quem sabe nesta reta final do Brasileirão os goianos possam voltar a vibrar com o sopro da fera que representa o Estado na elite nacional... De quebra, a equipe melhoraria o calendário para 2012, garantindo-se na Sul Americana. Fogo neles, Dragão!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

2012 e o A B C do futebol goiano

Não. Este não é um texto didático. Muito menos faz alusão ao clube de futebol do Rio Grande do Norte, que carrega em seu nome tais iniciais. Trata-se de uma simples constatação sobre o que o destino reserva aos três principais times goianos ao fim desta temporada.

Comecemos pelo inverso das letras iniciais do alfabeto, utilizadas para classificar as divisões no futebol. Série C. É pra lá que o Vila Nova carimbou o passaporte, faltando 3 jogos para o término do Campeonato Brasileiro, após empatar em 1x1 com o Duque de Caxias, pior equipe da temporada.

O colorado goianiense teve um ano marcado pela sucessão de erros, a começar por sua administração, que perdeu definitivamente o rumo. A tão propagada parceria com a New Ville, inicialmente tida como promissora, resultou em mais um fracasso. E o que dizer do elenco? Este foi, no mínimo, enganador!

Sim. Esta é a verdade. Jogadores que, a princípio, foram bastante elogiados por suas qualidades técnicas. Era quase unânime a opinião de que, com aquele grupo, o Tigrão teria condições até mesmo de brigar pelo tão sonhado acesso à elite do futebol nacional. Com as peças que chegaram depois, então, a expectativa aumentou.

Mas, na prática, o produto final foi adverso. O time não se encontrou, não deu “liga”. Os resultados não aconteceram. Não vamos detalhar todos os treinadores que passaram pelo clube. Basta lembrar que foram 8, ao longo de 2011. Este dado é suficiente para provar que, definitivamente, o problema não foi comando técnico.

E os atletas, desaprenderam de jogar futebol? Como explicar a baixa produtividade em todos os setores do campo, com destaque para a falta de precisão nas finalizações? E olha que, em quantidade, não foi por carência de atacantes. Mas não dava para esperar outro fim de uma equipe em que jogadores chegaram ao extremo de fazer “vale” com o treinador. Lembra-se da Crônica de Uma Morte Anunciada? O Vila caiu! Isso é péssimo para o futebol goiano. E quem mais sofre é o torcedor.

Enquanto assiste o maior rival amargar o descenso, o Goiás Esporte Clube vive momento de euforia na reta final desta Série B. Também foram vários os treinadores que tentaram administrar o grupo esmeraldino, tecnicamente limitado, para não dizer fraco. E foi com uma aposta que os melhores resultados aconteceram. Sob o comando de Enderson Moreira, o Verdão tem aproveitamento maior que o da já campeã Portuguesa, proporcionalmente falando.

Na última rodada, ao bater o São Caetano no estádio Serra Dourada por 1x0, o Goiás chegou à marca de 5 vitórias consecutivas e, em 8º lugar na classificação geral, está a apenas 4 pontos do 4º colocado, o Bragantino. É este o próximo adversário. Confronto mais que direto para as pretensões dos torcedores esmeraldinos, que passaram a acreditar no retorno à elite do futebol brasileiro.

O acesso é matematicamente possível. Porém, pouco provável. Por mais que o Verde mantenha o embalo dos últimos jogos e vença as partidas restantes, ele já não depende apenas de si próprio. É preciso contar com a sorte na combinação de outros resultados que envolvem, atualmente, ao menos os 4 times que estão imediatamente à frente. Aqui, descarto 3 vagas. A primeira, por motivos óbvios, pois a Portuguesa garantiu-se antecipadamente, inclusive como campeã. Náutico e Ponte Preta, no máximo, podem inverter as posições, mas dificilmente saem do G-4. Resta uma vaga para 5 ou até mesmo 7 concorrentes, afinal, Criciúma e Boa-MG, logo atrás do Goiás, também tem chances matemáticas.

Um ponto positivo, mirando no fator sorte, é que os principais adversários do Verdão ainda fazem confrontos entre eles. Podem eliminar um ao outro. Por outro lado, ironicamente, o destino alviverde segue entrelaçado ao do rebaixado rival. Ao menos por enquanto. É que, para cumprir tabela, o Vila Nova ainda tem pela frente, pela ordem, Portuguesa, Americana e Sport. Desconsiderando a Lusa, será que há motivação (ou mesmo incentivo financeiro) capaz de despertar o futebol colorado e fazer com que a zebra apareça? Sinceramente, não creio. Em resumo: o Goiás reagiu bem! Mas, tardiamente. Sendo assim, seu destino é permanecer na Série B.

Chegando à primeira letra do alfabeto e, consequentemente, à Primeira Divisão do futebol brasileiro, cabe analisar o Atlético Clube Goianiense. Começou o Brasileirão cotado ao rebaixamento, cresceu ao longo da competição, conquistou resultados importantes, protagonizou jogos até certo ponto históricos, alcançou relativa tranqüilidade e acabou se acomodando com ela. No momento errado.

O torcedor rubro-negro passou da empolgação à preocupação. Por mais que alguns neguem, os receios existem. Pela primeira vez no ano, o Dragão acumula a péssima sequência de 3 derrotas consecutivas, para Cruzeiro, Internacional e Atlético-PR. O primeiro e o último estão na zona da degola. O Inter, por sua vez, embora dispute vaga para a Libertadores da América, poderia ter sido facilmente vencido, não fossem as oportunidades de gols desperdiçadas pelo ataque atleticano.

O próprio técnico Hélio dos Anjos reconhece que a “gordura acumulada” foi queimada e que se faz urgente reencontrar o caminho da vitória. Para alcançar 45 pontos, estimados como suficientes para garantir a permanência entre os 20 melhores clubes brasileiros, faltam 3 em 15 que serão disputados. Algo aparentemente tranqüilo, ainda mais sendo 3 jogos em casa e 2 fora.

A preocupação, no entanto, está nos confrontos. A começar pelo primeiro, contra o Bahia. Além da distância a ser mantida da zona do rebaixamento, esta partida pode decidir uma vaga na Copa Sul-Americana. O Dragão tem que fazer valer o mando de campo e não repetir o mau desempenho apresentado até agora diante das equipes consideradas “medianas”.

Depois, tem Santos na Vila Belmiro e Flamengo no Serra Dourada. O Peixe estará focado no Mundial, o que, porém, não o desqualifica. O rubro-negro carioca, no momento, voltou à disputa do título. Não deverá lembrar nem de longe o Fla que foi goleado no primeiro turno. O Grêmio, possivelmente, será um adversário sem objetivos. Para fechar o Brasileirão, recebe o América-MG – o mesmo que, na rodada passada, venceu o líder Corinthians.

Apesar da acentuada queda de rendimento, o Atlético-GO transmite segurança e me faz reafirmar que rebaixamento é algo fora de cogitação. Pena que faltou aos jogadores e ao clube acreditar e trabalhar por objetivos mais ousados. O Dragão permanece na Série A. Tomara que não adie esta “decisão” para a última rodada, repetindo o sufoco da temporada de 2010.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Vila Nova x Goiás – Clássico em clima de decisão

Os rivais goianos entram em campo pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B, nesta sexta-feira, num clássico que promete grandes emoções. Tanto para Vila Nova quanto para Goiás, só a vitória interessa. O primeiro porque, para escapar do rebaixamento, necessita, obrigatoriamente, alcançar 100% de aproveitamento nesta reta final da competição. O outro para alimentar o sonho de retornar à elite do futebol nacional ainda este ano.

A recuperação do Goiás nas últimas rodadas é notória. Foram 5 vitórias em 8 jogos, disputados quase todos contra adversários que estão em melhores posições na classificação geral. A exceção foi o já rebaixado Duque de Caxias, goleado de virada pelo Verdão por 4x1, na última sexta-feira. Nos 3 confrontos restantes desta amostragem, derrotas para a líder Portuguesa, que já se garantiu na Série A de 2012, BOA-MG e Vitória-BA.

Neste returno, das 9 equipes que estão à frente, o esmeraldino perdeu também para o Náutico e ainda encara o Bragantino, pela 36ª rodada. Por enquanto, 50% de aproveitamento contra os reais concorrentes pelo acesso. Descartando-se a Portuguesa, que já se garantiu, o percentual aumenta. O que, associado aos recentes resultados, alimenta o sonho dos torcedores. A sorte também precisa ajudar, mas o Goiás necessita vencer os 5 jogos restantes (incluindo o clássico), se quiser acreditar no retorno à Série A.

Na contramão do acesso, o Vila Nova aposta as últimas fichas exatamente contra o maior rival. O simples empate oficializa o rebaixamento do colorado à Série C. Uma vitória - resultado surpreendente, considerando-se os momentos distintos vivenciados por ambos -, mantém o Tigre respirando, ainda que por aparelhos. De quebra, sepulta a possibilidade de o Goiás voltar à elite nacional ainda este ano.

Mais que uma sobrevida, a vitória (difícil, mas não impossível) do time vilanovense recobraria os ânimos colorados e, certamente, seria comemorada quase como título. Ao menos o Vila teria uma conquista em 2011, o que, pela rivalidade, seria um alento aos torcedores. Depois, poderia até cair, já que dificilmente conseguiria todos os resultados que precisa para evitar o triste fim. Entregar-se sem reação ao rival, porém, é algo quase impensável.

Se até agora o Tigre não mostrou suas garras e muito menos um futebol competitivo, em tese, diante do Verdão deverá apelar para a superação. Apesar da falta de qualidade técnica do elenco, não acredito que o mesmo torne-se presa fácil ao clube esmeraldino. Não neste momento. Até por uma questão de honra! Se é que há preocupação dos jogadores em defender o que lhes resta.

Fato é que, se o Goiás confirmar seu favoritismo diante do Vila e vencer, ninguém poderá atribuir ao Verde o rebaixamento colorado. O mesmo já aconteceu faz tempo. Na linguagem comum do futebol, só milagre pode mudar o destino vilanovense. Sendo assim, que as motivações para o clássico sejam determinadas pelos objetivos particulares de cada equipe: um na luta pelo acesso; outro na fuga do descenso. No mais, que a rivalidade seja apenas o tempero dessa mistura, dentro das quatro linhas. E que tenhamos um clássico pautado pela paz!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por um Dragão ainda mais forte

A campanha feita pelo Atlético Clube Goianiense no Campeonato Brasileiro de 2011 é quase irreparável. Principalmente no returno da competição. Com elenco qualificado, técnico experiente e futebol competitivo, o Dragão chamou para si a atenção da mídia nacional e, mais que isso, passou a ser membro respeitado no grupo de elite do esporte mais difundido no Brasil. O torcedor rubro-negro, com toda razão, está cada vez mais orgulhoso da ascensão protagonizada pelo clube nos últimos 5 anos. E já sonha com vôos mais altos.

Não é pra menos. De relegado regional a postulante maior força do futebol no Estado, o Atlético galga degrau por degrau e demonstra, na prática, que planejamento contribui para resultado. Em nível estadual, o Dragão desponta como nova grande força. É o atual Bicampeão Goiano e, pela campanha que faz nesta temporada, larga como favorito ao Tricampeonato em 2012. Mas este é assunto para outro comentário. Vou ater-me ao momento, espaço de tempo que realmente importa, quando o assunto é futebol.

O representante goiano na elite nacional começou o Brasileirão desacreditado e entre os mais cotados ao rebaixamento. Algo compreensível, considerando-se ser este o segundo ano na primeira divisão e, principalmente, pelo fato de ter lutado até a última rodada no ano passado para não cair. Hoje, porém, a visão que se tem do Atlético é outra. E os comentários por todos os lados também. A mudança de opinião foi motivada pelo crescente na campanha e, em especial, pelo comportamento do time contra os adversários considerados "grandes".

É exatamente diante destes que o Dragão demonstra melhor sua força e segue escrevendo sua história. Aqui, vale destacar alguns feitos. Foi o rubro-negro responsável por quebrar a invencibilidade do Flamengo, transcorridas 16 rodadas do Campeonato Brasileiro. Uma histórica goleada por 4x1, na casa do adversário. Também no Rio de Janeiro, sofreu uma virada, quase inacreditável, para o Fluminense, e acabou derrotado por 3x2. No Serra Dourada, já administrando melhor o mando de campo, conquistou empate heroico contra o Palmeiras, mesmo com dois jogadores a menos em campo. E, mais recentemente, atropelou dois candidatos ao título: Botafogo por 2x0 e São Paulo com um gol a mais.

Por falar em candidatos ao título, dos 6 primeiros colocados, o Atlético só não roubou pontos de Corinthians e Fluminense, adversários para os quais perdeu dentro e fora de casa. Contra o Vasco, empate fora e derrota no Serra Dourada. Diante do Botafogo, empatou no Engenhão e venceu em Goiânia. O Tricolor Paulista, além da recente goleada já citada, amargou um empate no Morumbi. No caso do Flamengo, falta o jogo de volta. Em números, de 33 pontos disputados contra os clubes que estão embolados na ponta de cima da tabela, o Dragão arrebatou 12.

A campanha no returno fez com que o clube goianiense afastasse de vez o fantasma do rebaixamento e passasse a mirar novos objetivos. Com 42 pontos, a 12ª colocação na classificação geral, ocupada atualmente, lhe garante participação na Copa Sulamericana ano que vem. Aparentemente, algo dado quase como certo. Mas a ainda pequena, porém empolgada, torcida rubro-negra chegou a sonhar com objetivos mais ousados, como vaga na Libertadores.

Vale lembrar, também, que se o Atlético não tivesse descartado pontos importantíssimos contra os adversários que brigam na ponta de baixo da tabela para fugir do rebaixamento, talvez o torcedor pudesse acreditar até mesmo em título. Recapitulando, para comprovar isso, em 24 pontos disputados contra Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí e América-MG, foram desperdiçados 13. Caso houvesse garantido os mesmos, somados à real pontuação que tem, estaria dividindo a segunda posição com o Corinthians. Mas, isso não deve ser lamentado. Ao contrário, pelo que fez neste Brasileirão, o Dragão precisa ser exaltado!

O refinado toque de bola rendeu ao time o honroso apelido de Barceloninha, aplicado, inicialmente, por ninguém menos que o global Galvão Bueno. Guardadas as devidas proporções, a comparação com o tradicional clube europeu é merecida. Particularmente, no entanto, defendo que o Atlético deve comemorar e agradecer. Mas, passada a euforia provocada por tal declaração, optar por valorizar e fortalecer sua própria marca. Trocando em miúdos: quem tem feito por onde para tudo isso não é o Barceloninha e, sim, o Atlético Clube Goianiense, atual representante de Goiás na primeira divisão do futebol brasileiro.

Diante do exposto, cabe cumprimentar jogadores, comissão técnica e dirigentes, além da modesta torcida, que da reais sinais de crescimento (consequência natural dos resultados apresentados pela agremiação). O Atlético tem representado muito bem o futebol goiano. Com adequado planejamento e encarando o esporte de maneira profissional, poderá fazer ainda mais. Por merecimento, o clube ocupa hoje lugar de destaque entre os 20 melhores do Brasil. Também fazendo por merecer, as conquistas, seja a curto, médio ou longo prazo, virão!

domingo, 16 de outubro de 2011

Goiás segue, fazendo contas!

Após ser derrotado por 3x2, de virada, pelo Vitória no Barradão, o Goiás segue fazendo contas para escapar do rebaixamento à Série C. O Verde parece viver a maior crise de sua história. Dentro e fora do campo! Nesta análise, vou ater-me ao limite das quatro linhas.

Desde o início desta Série B, as fragilidades do atual elenco esmeraldino foram claramente expostas. Um time tecnicamente limitado, inicialmente classificado como imaturo, e que "queimou" alguns treinadores. Sem falar na insatisfação da torcida, por diversas vezes manifestada.

O Goiás começou muito mal no Campeonato Brasileiro e demorou a esboçar uma reação. Isso aconteceu após a saída de Artur Neto e a chegada de Márcio Goiano ao comando técnico. Iarley, Marcinho Guerreiro e Alan Bahia foram os "grandes" reforços. 5 vitórias consecutivas e a proximidade ao G-4. Era bom demais pra ser verdade!

O sonho de retorno à elite do futebol nacional durou pouco. Nova queda de rendimento e um novo treinador: Ademir Fonseca. Também em passagem rápida, cedeu lugar ao atual comandante, Enderson Moreira. Com currículo pouco expressivo, chegou sob questionamentos. Mas já ganhou relativa confiança.

Após amargar 8 rodadas sem vitórias (2 empates e 6 derrotas), o Verdão despencou vertiginosamente e encostou na zona da degola. Muito próximo de seu maior rival, o Vila Nova. E tendo vários concorrentes diretos na fuga do rebaixamento. Pronto, surgia uma nova disputa!

Nos últimos jogos, porém, um incentivo financeiro fez com que o atual elenco, ainda que tecnicamente limitado, corresse mais em campo. As vitórias consecutivas no Serra Dourada, contra Ponte Preta e Criciúma, foram um alento aos torcedores. Ainda assim, os confrontos seguintes sugeriam novas dificuldades.

A derrota para o Vitória, no último sábado, era algo, até certo ponto, esperado. O adversário, sem dúvida, detinha o favoritismo. O que ninguém esperava contar era com uma arbitragem tão contestável! O Goiás, que começou vencendo, ficou no quase empate. O que já seria lucro!

Agora, o esmeraldino goiano tem pela frente novas "pedreiras". Recebe o Americana, que disputa muito bem o acesso, depois, viaja pra enfrentar o Sport, que ainda acredita no mesmo objetivo. Nesses dois jogos, os adversários são favoritos. Cabe ao Goiás se superar!

Analisando o restante da tabela, é possível acreditar que o Verdão escape de um novo descenso. Jogando em Goiânia, tem por obrigação confirmar seu favoritismo diante do disparado pior clube da Série B, o Duque de Caxias. Em seguida, vem o clássico goiano e o duelo particular com o rival colorado. Em tese, partida sem favorito, mas que tende a ser determinante!

Vamos aos quatro jogos restantes, começando pelo concorrente direto São Caetano. Vantagem de embate no Serra Dourada. Viagem a Bragança Paulista para encarar o, provavelmente sem pretensões, Bragantino. Em seguida, recebe outro concorrente direto, o Icasa. Ao menos o jogo não é no Ceará, dada a incapacidade que o Goiás apresenta de vencer no Nordeste.

O Verdão fecha sua participação nesta Série B fora de casa, contra o Guarani. No momento, o Bugre também é concorrente direto para fugir do rebaixamento. Com sorte, até lá, poderá estar numa zona de conforto que o garanta na Segundona, o que facilitaria para o clube goiano.

Numa projeção realista, o Goiás tem plenas condições de somar, pelo menos, 10 pontos nesta reta final do Brasileiro. Chegaria a 46 o que, matematicamente, acredita-se, seria suficiente para assegurar sua permanência na Série B para a temporada de 2012. Não basta, no entanto, fazer contas e projeções. O time precisa apresentar resultados dentro de campo!

O iminente rebaixamento do Vila Nova deve servir como motivação, pela rivalidade, nesta reta final. Tomara que seja assim e que ao menos um dos dois consiga escapar. Do contrário, seria uma verdadeira tragédia para o futebol goiano no cenário nacional. Boa sorte a ambos!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Crônica de Uma Morte Anunciada

Para entitular este post tomei emprestado o título de uma das principais obras do escritor colombiano Gabriel García Márquez. O livro faz uma reconstrução jornalística do assassinato do personagem central, Santiago Nasar, acusado de desonrar Ângela Vicário. Seu trágico fim, assassinado pelos irmãos da moça, é anunciado já na primeira linha do romance. E, embora todos saibam, nada pode evitar.

Essa breve introdução literária é para justificar a associação feita com o texto a seguir. O futebol goiano vive um momento de inconstância. Os dois maiores clubes do Estado, Goiás e Vila Nova, competem na Série B do Campeonato Brasileiro e lutam para fugir do rebaixamento. O Tigre colorado, aparentemente, está em pior situação. E foi ele quem me fez lembrar a trágica história de Santiago Nasar.

Muito embora o Vila tenha iniciado o torneio cercado de expectativas positivas, graças a um elenco que, em tese, se mostrava qualificado, na prática o enredo foi diferente. Aqui entra outro personagem: a torcida, que pode ser colocada em lugar da "desonrada" Ângela Vicário. Uma massa que hoje sofre com o iminente rebaixamento do clube à Série C. Esta é quase uma remontagem da temporada de 2006.

Faltando 10 jogos para o término da competição, o Tigrão somou apenas 29 pontos e está a 16 do mínimo que se projeta para escapar do descenso. O adversário da rodada é o São Caetano, no Anacleto Campanella. Concorrente direto, caso o Azulão vença o confronto (resultado mais natural), abre 7 pontos de vantagem em relação ao goiano. Dificilmente o Vila reagiria ao baque.

Vamos aos números. Restam 10 jogos - 5 em casa e 5 fora. Que me perdoem os vilanovenses, mas sejamos realistas. Nos domínios adversários, o Vila encara São Caetano, Náutico, Salgueiro, Duque de Caxias e Americana. Pelo momento, chances de vencer mesmo apenas contra Salgueiro e Duque, que estão em pior situação, virtualmente rebaixados. Os outros três é natural que perca.

No Serra Dourada, o clube recebe Paraná. Grêmio Barueri, o rival Goiás, Portuguesa e fecha com o Sport. Consideremos um equilíbrio no clássico, com consequente empate. Numa visão otimista, caso a Lusa já tenha se confirmado Campeã da Série B, um empate ou até mesmo uma vitória pode acontecer. Prevejo uma possível derrota no fechamento do torneio, contra o Leão de Recife. No mais, com muito esforço nas contas e havendo superação do time, soma-se 3 ou 4 pontinhos.

A realidade é cruel mas, dentro da normalidade, está difícil fazer o colorado goianiense somar 13 ou 14 pontos, quando ele precisa mais que isso. Voltando ao romance de Gabriel García Márquez, o comportamento de Santiago Nasar na narrativa não denota se ele está ciente de sua sina. Espero, porém, que o Vila Nova tenha consciência de suas necessidades e faça por onde para reescrever um novo fim para esta história!

Em tempo, recomendo a leitura de Crônica de Uma Morte Anunciada.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Qual o futuro do Goiás?

Hoje falaremos do maior clube goiano e que tem a honra de carregar o nome deste rico Estado. Mas que talvez não esteja correspondendo à altura. Aos 68 anos, o Goiás Esporte Clube vive um dos piores momentos de sua história. Se não, o pior! Atolado em dívidas, o time se complicou dentro das quatro linhas nas últimas temporadas. E parece seguir em queda livre.

Sei que este texto vai mexer com o ânimo de muita gente. Espero, no entanto, que o mesmo sirva de motivação para uma possível reação. Desde que me mudei de São Paulo para Goiânia e passei a acompanhar o futebol goiano mais de perto, literalmente falando, tenho percebido sinais de uma crise iminente. Na temporada de 2007, por exemplo, o Verdão chegou à última rodada do Brasileirão lutando pra não cair. Muitos devem se lembrar disso, pois coincidiu com o rebaixamento de um clube com uma das maiores torcidas do País: o Corinthians!

O detalhe que até hoje me revolta, porém, foi o fato de os dirigentes esmeraldinos oferecerem, naquela ocasião, "bicho" de R$ 1 mi (isso mesmo, UM MILHÃO DE REAIS em "premiação") aos jogadores, caso escapassem do descenso. Com tamanho incentivo, é claro que escaparam! Ainda questiono se o melhor não teria sido investir esses recursos na montagem do time. Claro que sim, mas faltou competência pra isso!

O último título do Goiás foi o de Campeão Goiano de 2009, conquistado sobre o Atlético, que hoje é o único representante do Estado na elite nacional. No ano passado, o Verdão viveu momentos de contradições, enquanto seus dirigentes guerreavam por poder. Paradoxalmente ao Vice-Campeonato da Copa Sul Americana (perdeu a disputa para o Independiente-ARG nos pênaltis), o clube foi rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, com dois jogos de antecipação.

Quem deveria, pela tradição, brigar não só pelo acesso mas, também, pelo título da Série B 2011, quase inacreditavelmente, busca fôlego para não cair ainda mais. Faltando 11 jogos para o término da competição, o Goiás está a um ponto do Z-4, a chamada zona do rebaixamento. Já são 7 rodadas sem vencer, sendo 2 empates e 5 derrotas - a última para a líder Portuguesa, por 3 x 0.

O confronto contra o BOA-MG, neste sábado (01/10), marca a estreia de mais um técnico: Enderson Moreira. A maior expressão do novo treinador esmeraldino foi como "tampão" no Fluminense, antes da chegada de Abel Braga. Agora, ele tem pela frente um enorme desafio. Trabalhar com as limitações de um elenco tecnicamente fraco e evitar outro descenso.

A despeito da falta de renome de Enderson Moreira, ele merece crédito como profissional. Até porque, aparentemente, já está mais do que provado que o problema do Goiás Esporte Clube não é treinador. Só nesta Série B, passaram pela agremiação Artur Neto, Márcio Goiano e Ademir Fonseca. Todos se viram forçados a desistir da difícil missão.

Nos últimos dias, torcedores esmeraldinos organizaram protestos contra jogadores e dirigentes. O sentimento que assola é o de frustração. Associado a ele está o medo de que a crise tome proporções ainda maiores e o clube amargue a queda à Terceira Divisão. Paralelamente, apegam-se ao último fio de Esperança que, segundo diz a convenção, é representada pela cor Verde!

É preciso, porém, que o time saia da inércia. Se a qualidade técnica do grupo é limitada, que o mesmo apele para outros fatores, como raça e superação. Lamentavelmente, garra e vontade de jogar futebol são coisas que não temos observado no Goiás. Tomara que a equipe e seus mandatários acordem a tempo de evitar um futuro ainda mais trágico e decidam reescrever, ou até mesmo passar a limpo, a história do maior e mais tradicional clube do futebol goiano.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Goiás, enfim, se mexe, em busca da reabilitação

Não há dúvidas de que este é o começo de Campeonato Brasileiro mais desastroso da história do Goiás. Não bastasse o clube estar disputando a Série B, já acumula 7 derrotas em 10 jogos realizados. Após a queda do ex-técnico Artur Neto, o Verdão esperou mais de uma semana até que um novo treinador fosse anunciado. O sentimento de revolta de muitos torcedores resultou no movimento Reage Goiás, cuja plataforma principal são as redes sociais, na internet.

Nos últimos dias, no entanto, muita coisa aconteceu pelos lados da Serrinha. Márcio Goiano foi apresentado como novo técnico do Goiás. Quase ao mesmo tempo, reforços chegaram ao clube: Iarley, Marcinho Guerreiro e, por último, Max Pardalzinho. Além, claro, de Alan Bahia, que foi apresentado há praticamente um mês, estava se recuperando fisicamente e já se diz apto a vestir a camisa e entrar em campo.

Tantas novidades já são motivo de sobra para que o torcedor acredite em novos rumos. Mas a diretoria esmeraldina foi além. Fez novo chamado para que os torcedores do Verde compareçam ao Serra Dourada nesta sexta-feira, para empurrar o time contra o Vitória. Ingressos na arquibancada, novamente, a apenas R$ 2 e R$ 20 nas cadeiras. Ainda tem a meia-entrada.

Se a cobrança era por mais atitude dos dirigentes do Verdão, precisamos reconhecer que algo já está acontecendo. A contrapartida, agora, é um novo voto de confiança. O momento deve ser de renovação da aliança entre o clube e a torcida. É hora de recobrar as esperanças e acreditar em uma trajetória redefinida. O caminho pode ser árduo, difícil, mas não impossível de ser percorrido. O destino é certo: o retorno do Goiás à elite do futebol nacional!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre Atlético e Goiás

Apesar do leve acidente de percurso na reta final da fase de classificação, o Atlético reafirmou seu favoritismo e sagrou-se Campeão Goiano de 2011. Mais que isso, conquistou o primeiro Bicampeonato da história do clube. E com méritos!

O Dragão foi o clube de melhor campanha desde a terceira rodada do torneio, chegou a abrir 10 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado e, depois, viu os rivais da capital encostarem na pontuação. Mesmo com Vila Nova e Goiás em sua cola, garantiu o primeiro lugar (por antecipação) e, consequentemente, as vantagens que tal posição lhe reservavam, conforme regulamento.

Nas duas últimas fases da competição, o Dragão jogou tudo o que não havia jogado antes nesta temporada. Passou pela Anapolina nas Semifinais e encarou a decisão contra o Goiás. Mais uma vez, o regulamento lhe foi favorável. As duas partidas da Final terminaram empatadas em 1 a 1. E a taça ficou com o rubro-negro!

Verdade é que o Atlético não jogou o fino do futebol, mas errou menos. Os confrontos finais contra o Verdão reforçaram isso. Na primeira partida, teve dois jogadores expulsos e segurou o empate. Sofreu nova pressão do adversário no jogo final mas, novamente, fez prevalecer seu favoritismo. Destaque para o goleirão Márcio!

É preciso, também, valorizar o renovado elenco do Goiás. O técnico esmeraldino, Artur Neto, é, disparado, o melhor treinador deste Goianão! Conseguiu extrair o máximo de um grupo desacreditado por muitos, deu confiança a jovens atletas e levou o time à final. Mais que isso, é possível afirma que o Verdão jogou praticamente de igual para igual, diante de um adversário mais experiente e considerado tecnicamente superior.

A garotada do Goiás deu muito trabalho à defesa rubro-negra e, assim, soube valorizar a conquista do Atlético. Não é errado afirmar que os dois clubes se equipararam nesta decisão. Prova disso foram os dois empates. O título ficou com quem errou menos!

A torcida atleticana pode e deve comemorar este Bicampeonato! Mas a história poderia ter sido outra, pela voluntariedade apresentada pelo elenco esmeraldino. Sendo assim, torcedores do Goiás também devem se orgulhar deste Vice-campeonato! O time foi guerreiro e fez bonito!

Aos dois melhores do Goianão 2011, os cumprimentos! E o alerta para o Brasileirão, prestes a começar. Reforços são necessários. O Goiás, por sua tradição, tem que fazer bonito e brigar pelo acesso, retornando ao seu lugar de direito, que é na Série A. Já o Atlético, na condição de representante único dos goianos na elite nacional, tem que honrar o futebol do nosso Estado. Aos dois, e também ao Vila Nova, deixo meus votos de boa sorte!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Atlético ainda é favorito ao Bicampeonato Goiano?

Terminada a primeira fase do Campeonato Goiano de 2011, talvez seja este o principal questionamento: o Atlético ainda é favorito ao título? Antes de responder, cabe uma rápida análise a respeito dos quatro semifinalistas.

Seguindo a ordem de classificação, começo pelo Dragão. Antes de a bola rolar no torneio, era quase unânime o favoritismo rubro-negro. Durante boa parte desta primeira fase, a equipe reafirmou isso. Disparou na pontuação e se garantiu na primeira posição. Classificou-se à semifinal por antecipação e pode, inclusive, se dar ao "luxo" de despencar de produção, sem ter ameaçado o seu posicionamento.

Mas o Atlético acabou perdendo em credibilidade. Contando com o Santa Helena neste domingo, são cinco derrotas consecutivas, incluindo as duas para o Coritiba pela Copa do Brasil. Trocaram Renê Simões por PC Gusmão e a situação parece ter piorado. Baixo rendimento, baixa qualidade e, podemos inferir, baixa auto-estima.

Na contramão da queda vertiginosa do Dragão, os outros três classificados cresceram no momento certo. Quem menos convencia, algumas rodadas atrás, era o Vila Nova. Mas foi exatamente ele quem garantiu a segunda posição e, consequentemente, a vantagem de, assim como o Atlético, jogar por dois resultados iguais na semifinal.

O Tigrão também trocou de treinador, mas o efeito foi indiscutivelmente melhor. Após a queda de Zago, Edmar Vasconcelos assumiu o comando técnico do time e se firmou no cargo graças aos resultados positivos: três vitórias e um empate. Somando-se a isso, os reforços corresponderam, garantindo a melhoria da qualidade técnica. Destaque para Paulo César.

Classificado em terceiro lugar, o Goiás somou a mesma quantidade de pontos que os antecessores e rivais: 36. Certamente, chorou os tentos perdidos para equipes tecnicamente inferiores, a exemplo do Morrinhos. Ainda assim, teve bom saldo. Mas, pelo bom momento, terá que dividir as atenções entre as semifinais do Goianão e as oitavas de final da Copa do Brasil, competição pela qual enfrenta o São Paulo nesta quarta-feira, no Estádio Serra Dourada.

O Verdão tem como grande diferencial a sequência de trabalho do técnico Artur Neto, a meu ver, o melhor deste torneio. Além, claro, de alguns talentos revelados, a começar por Felipe Amorim. Também tem como vantagem o fato de ter sido a única equipe entre as quatro classificadas a vencer todos os concorrentes que se garantiram na próxima fase.

Terminando a breve avaliação dos semifinalistas, a Anapolina, quarta colocada, chega com moral. Pela campanha que fez, poderia inclusive ter terminado a fase em primeiro lugar, não fosse o chamado "corpo mole" que os jogadores fizeram algumas rodadas atrás para derrubar o ex-técnico Arthurzinho.

Mais que isso, considerando-se o confronto direto entre os quatro classificados, a Rubra fez valer a alcunha de Xata e teve disparado o melhor desempenho. Por falar nisso, Anapolina faz a semifinal contra Atlético, adversário de quem roubou os 6 pontos disputados por eles na primeira fase. Se valesse apenas o retrospecto recente, o representante de Anápolis já estaria garantido na finalíssima. Mas, em se tratando de fase decisiva, a história pode ser diferente.

Até aqui, poderíamos afirmar que os quatro semifinalistas chegam quase em condições de igualdade. Quase. As vantagens que o regulamento da competição proporciona aos primeiro e segundo colocados podem ser fundamentais. Atlético e Vila enfrentam, respectivamente, Anapolina e Goiás e jogam por dois resultados iguais, ou seja, dois empates.

No caso do Dragão, pesa ainda o mando de campo do segundo jogo, que será no Serra Dourada. Nesse sentido, podemos dizer que, para Vila Nova e Goiás o campo é neutro. O Tigrão tem outro ponto a seu favor: o fato de o Verdão ter que se dividir entre duas competições.

Então, vamos ao que interessa. Respondendo à pergunta que dá título a esta análise, o Atlético deixou de ser favoritaço ao título. Mas, acreditando que a diretoria rubro-negra e o técnico PC Gusmão vão dar uma "sacudida" neste elenco e, ainda, que o regulamento favorece o Dragão, continuo apostando minhas fichas no Atlético, embora com receios... E você, aposta em quem?

terça-feira, 5 de abril de 2011

O que aconteceu ao Atlético?

É bem verdade que o Dragão ainda não fez este ano nenhuma partida excepcional. Também é fato que a equipe sente consideravelmente as baixas sofridas com a saída de Robston e Elias. O meio campo, que nas últimas temporadas era o grande diferencial do time, de longe não é mais o mesmo. Mas não é só isso.

Como explicar os últimos resultados? Já são três derrotas consecutivas, sendo duas pelo Goianão (Vila Nova e Anapolina) e outra pela Copa do Brasil, contra o Coritiba, que eliminou o Atlético do torneio nacional. Duas dessas derrotas ainda foram sob o comando de Renê Simões, dispensado pela diretoria rubro-negra exatamente após a previsível queda em Curitiba.

Pelo que o Dragão apresentou em campo na noite de ontem contra a Anapolina, no estádio Serra Dourada, é possível afirmar o óbvio: o problema do time não era o Renê Simões. Da tribuna, o novo comandante, que hoje será apresentado oficialmente, viu tudo. Certamente, PC Gusmão percebeu que vai ter muito trabalho.

A queda de rendimento da equipe, além do fator físico, sugere uma aparente insatisfação. Com o quê, precisamente, ainda não é possível afirmar. Mas algumas declarações nas últimas semanas soltaram farpas para todos os lados. Vale lembrar, para tentarmos um entendimento.

Tudo começou com o presidente, Valdivino José de Oliveira. Após a primeira derrota para o Coritiba, por 2 a 1 no Serra Dourada, ele falou claramente que "esse time é muito fraco para Campeonato Brasileiro". Infelizmente, acabou mal interpretado. Alguns veículos de comunicação, maldosamente, editaram a frase, cortando-a e mantendo apenas a afirmação "esse time é muito fraco". Pronto. Foi o suficiente para iniciar uma tempestade que ameaçou desconstruir tudo o que já havia sido feito na temporada.

Contornado este pequeno mal entendido, foi a vez do vice-presidente disparar para todos os lados. O "incidente" aconteceu após a derrota no clássico contra o Vila Nova. Maurício Sampaio não poupou ninguém: árbitro, bandeira, presidente da FGF, treinador e, claro, os jogadores, foram alvo de irritadas declarações. Impensadas também. Vou me ater apenas ao que ele disse do elenco, rotulando: "Esse é um time noturno sim. Se largar, a vaca vai para o brejo".

Esse tipo de declaração também manda a vaca para o brejo. Se algum problema existe, precisa ser resolvido internamente. Mas o diálogo parece não existir. Após o time ser desclassificado da Copa do Brasil, a queda de Renê Simões era esperada, embora alguns jogadores tenham se manifestado contrários a essa medida. O goleiro Márcio, por exemplo, chegou a dizer que seria um "retrocesso". Mas o diretor de futebol, Adson Batista, não gostou e, digamos, quis colocar cada um no seu lugar. "O Márcio tem que entender de jogar bola", disse ele.

Antes e depois da derrota para a Anapolina, novas declarações deram indícios de uma crise interna. Em entrevista à Rádio 730 na manhã desta segunda-feira, Márcio comentou o que foi dito por Adson à imprensa, reforçou sua opinião sobre a mudança de treinador e terminou com um ditado que poderia resumir tudo: "Manda quem pode, obedece quem tem juízo!".

Após a derrota por 3 a 2 para a Xata, uma nova bomba do goleirão: "Agora são três derrotas e a crise que algumas pessoas queriam", declarou. Demorou, mas Adson Batista reconheceu a crise que se inicia no Atlético. E pelo resumo dos últimos capítulos, aqui expostos, é melhor aparar as arestas e reencontrar o caminho certo. Afinal, a classificação à próxima fase do Goianão está garantida, mas o título não. Acho que nem é preciso falar da Série A do Campeonato Brasileiro...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Goiás elimina Macaca e avança na Copa do Brasil

Eu tinha o Goiás como favorito para passar às oitavas de final do Copa do Brasil. Mas acreditava que isso aconteceria no jogo de volta, quinta-feira que vem, no estádio Serra Dourada. Tal partida não vai acontecer. Isso porque o resultado obtido pelo Verdão ontem à noite, em Campinas, foi melhor que encomenda! 3 a 0 sobre a Ponte Preta! Dois gols de Guto, ainda no primeiro tempo, e Felipe Amorim fechando o placar, no comecinho da segunda etapa.

O futebol é mesmo uma caixinha de surpresas. Após a derrota de segunda-feira para o Morrinhos, pelo Goianão, era difícil apostar em tanta determinação dentro de campo diante da sexta colocada no Campeonato Paulista. A Macaca precisava vencer para retomar o fôlego na temporada, mas deu sinais de fragilidade e foi facilmente abatida pelos esmeraldinos.

Eu tinha um certo receio quanto a ausência de Hugo e consequente escalação de Guto. Mas acreditava que Felipe Amorim, escalado como atacante, voltaria a marcar com a camisa esmeraldina. Em partes, acertei nas previsões. Melhor ainda foi ter as expectativas superadas em relação ao artilheiro da partida.

A eliminação do jogo de volta foi uma grata surpresa conquistada pelo Goiás. O clube, agora, volta o foco ao Campeonato Goiano, no qual ocupa a terceira posição, e aguarda tranquilamente a definição de seu adversário nas oitavas de final da Copa do Brasil: São Paulo ou Santa Cruz? No primeiro confronto entre os tricolores, os pernambucanos venceram por 1 a 0 (com direito a gol contra do time paulista). Na próxima quarta-feira, voltam a se enfrentar no Morumbi.

É claro que eu acredito na classificação do Hexacampeão Brasileiro, Tri-Libertadores e Tri-Mundial! Mas, levando em conta meus quatro anos de moradia em Goiânia, trabalhando na crônica esportiva local, eu prometo que, caso o São Paulo se confirme na próxima fase, vou me esforçar em torcer pelo Goiás!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Verdão é esperança goiana na Copa do Brasil

O Goiás entra em campo hoje à noite em Campinas para buscar uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. O adversário é a Ponte Preta que, neste primeiro confronto, conta com o apoio da torcida. O Verdão, por sua vez, tem o regulamento do torneio a seu favor e, se souber aproveitar, pode eliminar a Macaca hoje mesmo e descartar o jogo de volta. Para isso, precisa vencer por 2 gols ou mais de diferença.

O técnico esmeraldino Artur Neto pode contar com o importante retorno do zagueiro Marcão e do meia Marcelo Costa. No ataque, não poderá contar com Hugo, que cumpre suspensão automática. Em seu lugar, deverá entrar Guto. A meu ver, falta uma opção melhor.

A Ponte não vence há três jogos. Este fato, entretanto, não pode ser confundido com facilidade para o Goiás. Ao contrário, o clube do interior de São Paulo quer se reabilitar e vai dar trabalho. Além disso, vale ressaltar que o adversário do Verdão na Copa do Brasil ocupa, atualmente, a sexta posição no Campeonato Paulista - torneio mais competitivo que o Goianão.

Por falar em Campeonato Goiano, o Goiás vem de um péssimo resultado. A derrota para o Morrinhos ainda não foi digerida. Motivação a mais para "mostrar serviço" hoje à noite.

Particularmente, confio na classificação do Goiás à próxima fase da Copa do Brasil. Mas não acredito que a mesma se confirme neste primeiro jogo. Vamos esperar pela Ponte Preta no Serra Dourada semana que vem.

Atlético dá adeus à Copa do Brasil

Valeu a torcida e, até os minutos finais, a velha máxima de que a esperança é a última que morre. Mas... Não deu para o Dragão! O Coritiba computa nova vitória na temporada, por 3 a 1, e se garante na próxima fase da Copa do Brasil.

Prevaleceu o favoritismo do Coxa. Faltou ao Atlético acreditar. Mas não apenas isso. Ficou nítida a limitação do elenco. E nisso, a culpa não é só do técnico Renê Simões. Um primeiro tempo abaixo da crítica, com um time apático, confuso e totalmente inseguro.

Na segunda etapa até houve injeção de ânimo com a entrada de Josiel e, depois, Juninho, respectivamente em lugar de Diogo Campos e Preto. Mas era tarde e a desesperada corrida contra o relógio e o placar não alcançou êxito.

O saldo negativo ao término do confronto foi destacado pela forte ameaça de queda do treinador. Sem querer defendê-lo, até porque não tenho motivos para isso, sinto dizer que demitir Renê Simões não será medida suficiente para "consertar" todas as falhas do Atlético.

O resumo da ópera é: O Dragão sobra no Campeonato Goiano, que lamentavelmente está nivelado por baixo. Mas está muito longe, em se tratando de material humano, de disputar com dignidade uma Série A.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Atlético e o poder da superação

O Atlético entra em campo hoje à noite contra o Coritiba em partida válida pela Copa do Brasil. O jogo acontece no estádio Couto Pereira. O primeiro confronto, no Serra Dourada, terminou com vitória de 2 a 1 para o Coxa, o que lhe garantiu uma considerável vantagem.

Para seguir adiante na competição, o Dragão precisa vencer pelo placar de 2 a 0 ou um gol de diferença com resultado a partir de 3 a 2. Caso o clube goianiense aplique o mesmo placar que sofreu em Goiânia, a disputa vai para os pênaltis.

Apesar do retrospecto do Coritiba nesta temporada (não perdeu nenhum jogo), é perfeitamente possível que o Atlético surpreenda e volte com a classificação. Sem dúvida alguma, fácil não vai ser. Mas impossível também não.

Tudo depende do comportamento da equipe rubro-negra dentro de campo. O ataque é extremamente positivo e tem bom poder de artilharia. O meio campo não é de todo ruim, só precisa criar mais. Também é importante explorar melhor os lados do gramado, embora os laterais deixem um pouco a desejar. O cuidado maior, porém, deve ser com o sistema defensivo, pois o adversário tem uma média de 2 gols por partida.

A exemplo do que aconteceu no ano passado, o mais importante é acreditar que é possível superar um adversário que se apresente como favorito. Motivação é tudo! Para ajudar nos pensamentos positivos, o Coritiba tem três desfalques, com destaque para Marcos Aurélio, que marcou os dois gols do Coxa em Goiânia.

Minha intuição diz que vai ser um páreo duro mas que, mesmo no sufoco, o Atlético garante a classificação. Sorte ao clube goiano! Acompanhe a melhor transmissão de Coritiba x Atlético-GO pela Rádio 730 AM ou pelo www.portal730.com.br.

terça-feira, 29 de março de 2011

Goianão 2011 - Está difícil arriscar palpites...

Ao término de mais uma rodada do Campeonato Goiano de 2011, é possível afirmar que está cada vez mais difícil arriscar um palpite para os resultados dos confrontos. Na quinta-feira passada, o Vila Nova conseguiu perder por 2 a 1, em casa, para o Santa Helena, então lanterna da competição. Três dias depois, quando a maioria previa uma nova derrota, o Tigrão surpreendeu jogando melhor e vencendo o líder isolado do torneio, Atlético, por 1 a 0 no Serra Dourada.

Agora, nesta segunda-feira, uma nova surpresa: o Goiás foi a Morrinhos e perdeu, para o também então lanterna, por 3 a 1. Resultado inacreditável, viabilizado pela capacidade de superação do adversário excessivamente subestimado e, ainda, por uma contestada arbitragem de André Luís Castro, aspirante à FIFA. Não cabe, no entanto, culpar o apito. Antes disso, a derrota do Verdão foi motivada, principalmente, por sua apatia em campo.

Falando de mais surpresas da rodada, não imaginava que o Crac, depois de ter batido a Anapolina e, consequentemente, ter chegado tão perto da zona de classificação, fosse ser goleado pelo Goianésia (3 a 0). Tampouco que a Anapolina, após 3 derrotas e um empate, fosse golear o Trindade (4 a 0). Embora este resultado fosse algo mais provável de acontecer que os demais aqui comentados.

A consequência de tantas surpresas é a manutenção das posições no chamado G-4, com Atlético, Vila Nova, Goiás e Anapolina; e uma disputa muito mais acirrada na ponta de baixo da tabela de classificação.

Para completar, falta segurança para arriscar qualquer favoritismo, dadas as surpresas que a competição tem revelado. Na próxima rodada, por exemplo, o Goiás é realmente tão favorito contra o Santa Helena, na Serrinha, ou poderá ser assombrado pelo Fantasma, como foi o Vila Nova no OBA? E o Tigrão, voltará de Morrinhos com uma nova vitória ou será mais um favorito abatido por um time desacreditado, assim como o rival esmeraldino? Resta esperar para ver.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vila perde. Goiás goleia e assume a vice-liderança!

O que aconteceu na noite desta quinta-feira no Onésio Brasileiro Alvarenga foi quase inacreditável. E ainda difícil de explicar. O Vila Nova perdeu por 2 a 1 para o Santa Helena, até então lanterna do Goianão 2011. O Tigrão reabilitou o Fantasma e sinalizou para uma crise interna no colorado goianiense.

O futebol apresentado pelo Tigrão ficou abaixo da crítica. A equipe não criou e ainda conseguiu desperdiçar praticamente todas as oportunidades que teve, originadas pelas faltas do visitante. Depois que sofreu o primeiro gol, a coisa ficou ainda pior. O Vila caiu no desespero e queria chegar ao empate de qualquer jeito. Quando parecia que esta fórmula errada iria funcionar, com o gol de David, o colorado se perdeu na comemoração e esqueceu de marcar o adversário.

Em contrataques rápidos, o Santa Helena achou o caminho. Caía sempre pela direita e apresentava muito mais perigo. O que resume a realidade da partida: o Fantasma assombrou o Tigre, foi melhor e teve mais determinação para sair da lanterna do que o Vila para se manter na segunda posição.

Pra piorar a situação do Tigre, o rival Goiás goleou a Aparecidense por 6 a 1 e assumiu a vice-liderança do torneio. Após o segundo tropeço consecutivo para adversários técnica e matematicamente inferiores, o Vila Nova agora precisa recobrar os ânimos para encarar o clássico de domingo contra o Atlético. Não há dúvidas de que o Dragão é favorito!

Quarta vaga ficará com o Crac

Em meus comentários na Rádio 730, na manhã de ontem, afirmei que se o Crac vencesse a Anapolina conseguiria, até o fim do segundo turno, roubar a classificação da Xata. O time de Catalão venceu e com folga: 3 a 0. Agora, apenas 2 pontos o separam o chamado G-4.

Difícil entender a vertiginosa queda de rendimento da Rubra. É natural, durante qualquer competição, que um time cresça e, em determinado momento, caia. Mas a Anapolina se deixou abater na hora errada. Já são 4 rodadas consecutivas sem vitória. Depois que perdeu a tão propagada invencibilidade para o Goiás, a situação foi degringolando: empate em casa contra o Goianésia, derrota também em casa para o Morrinhos e, agora, nova derrota fora de casa para um adversário direto na disputa pela classificação.

Pelo que vem apresentando dentro de campo, não dá para acreditar que a Xata vá conseguir se reabilitar e garantir a classificação à fase semifinal do Campeonato Goiano. É certo que ainda tem uma pequena vantagem em relação ao Crac, quinto colocado. Mas a sequência de jogos não é nada favorável ao time de Anápolis.

Faltando quatro rodadas para o término do segundo turno, a Anapolina fará duas partidas em casa, contra Trindade e Vila Nova. Os dois confrontos fora são com Atlético e Aparecidense. Favorita mesmo, apenas diante do Trindade.

Já o Crac enfrenta Goianésia e Morrinhos fora de casa (desses, o mais difícil será o primeiro) e recebe Trindade e Goiás no Genervino da Fonseca. Em resumo, o jogo mais complicado que o time de Catalão tem pela frente é contra o Verdão.

Este post é para reforçar e deixar registrada para uma consulta próxima, ao final desta fase do torneio, minha opinião sobre a quarta vaga em disputa no G-4: a Anapolina não vai conseguir recuperar o fôlego e ficará de fora das semifinais do Goianão! O Crac será classificado! Como eu havia antecipado, a partida de ontem seria determinante para esta definição. Tenho dito!

Atlético se garante nas semifinais do Goianão 2011

O jogo não foi dos melhores, pois as péssimas condições do gramado prejudicaram. Muita lama e qualidade técnica limitada. Mas sobrou raça e determinação tanto para o Trindade, dono da casa, quanto para ilustre visitante Atlético. O Dragão reafirmou seu favoritismo e levou a melhor. Venceu por 3 a 1 e disparou ainda mais na liderança da competição. Abriu 10 pontos em relação ao vice-líder, Vila Nova. De quebra, ainda se garantiu na fase semifinal com quatro rodadas de antecipação.

Desde o início, a partida foi bastante movimentada. Ponto negativo para a arbitragem, que se destacou logo aos dois minutos com um erro grosseiro. O atacante rubronegro Marcão, artilheiro do Atlético, simulou um pênalti e convenceu o juiz. O goleiro Márcio cobrou muitíssimo bem e abriu o placar para Dragão.

A falha da arbitragem e o consequente gol do adversário fizeram o Trindade acordar para o jogo. Tanto que um minuto depois, o time da Terra Santa chegou ao empate. O restante do primeiro tempo não empolgou. E, na segunda etapa, o Atlético voltou a campo para garantir o resultado. Vitor Ferraz e Diogo Campos fecharam o placar.

A classificação antecipada do Dragão reforça seu favoritismo à conquista do título. O Atlético é, de longe, a melhor equipe neste Goianão. Agora o clube se prepara para mais um clássico, no domingo contra o Vila Nova, e aguarda pela definição dos outros semifinalistas, bem como pela posicionamento de cada um deles.

terça-feira, 22 de março de 2011

Vila descarta vantagem sobre o Goiás

Terminada a quarta rodada do segundo turno do Goianão 2011, algumas considerações a fazer. Neste post, porém, vou me ater apenas ao Vila Nova, que perdeu ontem por 2 a 1 para a Aparecidense, em Aparecida de Goiânia.

Era quase unânime a opinião de que o Tigrão, mesmo na casa do adversário, seria o favorito. A principal motivação do colorado goianiense era, sem dúvida alguma, a vantagem de 3 pontos que manteria em relação ao rival Goiás. Mas o clube do OBA desperdiçou a oportunidade e, agora, tem a vice-liderança da competição ameaçada. A única vantagem que ainda administra na segunda posição é o saldo de gols.

A partida contra a Aparecidense ressalta as deficiências do time vilanovense. As desculpas para um possível desastre na noite de ontem foram antecipadas momentos antes da partida: o gramado ruim e o jogo preliminar que aconteceria antes. As declarações do técnico Antônio Carlos Zago me fizeram lembrar o título de um livro de Gabriel García Marquez: Crônica de uma morte anunciada.

Mesmo com um jogador a mais a maior parte do tempo, o Vila não conseguiu criar. Faltou também qualidade técnica ao elenco colorado. A Aparecidense, por sua vez, fez o que precisava para praticamente se garantir na elite goiana para a temporada 2012. Vamos aguardar, agora, a próxima rodada para saber se teremos novas alterações nas posições do G-4.

domingo, 20 de março de 2011

Palpites da rodada - Goianão 2011

Neste domingo, quatro jogos movimentam a quarta rodada do returno do Goianão 2011. Sem dúvida alguma, o principal jogo será Atlético x Crac, no Serra Dourada. O líder contra o quinto colocado. O Dragão é favorito, embora amargue desfalques e venha de uma derrota pela Copa do Brasil, diante do Coritiba. O clube de Catalão, por sua vez, quer o resultado para seguir brigando por uma vaga no G-4. Apesar das alterações no Atlético, o favoritismo deverá prevalecer. Vence o Dragão.

Para defender a quarta posição ou até mesmo melhorar a classificação na tabela, dependendo de outros resultados, o Goiás recebe o Goianésia, na Serrinha. 13 pontos separam as duas equipes, mas o visitante vem motivado após o empate com a ex-vice líder Anapolina. É certo que aquele resultado foi a zebra da rodada anterior e o Verdão não vai arriscar ser vítima de uma nova zebra. Goiás vence.

Tendo a obrigação de vencer diante de sua torcida e superar os tropeços das duas últimas rodadas, a Anapolina recebe o Morrinhos, até então pior time do torneio; lanterna, com apenas 7 pontos. Não há dúvida de que a Xata é favorita. Será que pode surgir nova zebra contra a Rubra? Não acredito. Anapolina soma hoje mais 3 pontos.

Com todo respeito aos torcedores, o pior jogo do Goianão nesta rodada certamente será Santa Helena x Trindade. Ambos precisam desesperadamente do resultado. O time da Terra Santa é o vice lanterna, mas apenas um ponto separa o Fantasma da zona do rebaixamento. Confronto direto para escapar da degola. Difícil arriscar um palpite. Vou ficar com o mando de campo, então, melhor pro Santa Helena (considerando-se que mesmo um empate é mais favorável ao Fantasma...)

Fechando a rodada, amanhã o Vila Nova vai à vizinha Aparecida de Goiânia enfrentar a Aparecidense. A proximidade entre os municípios fará com que o Tigrão se sinta "em casa", inclusive com o apoio da torcida. O colorado goianiense defende a vice-liderança e é favorito.

Acompanhe a melhor transmissão do Goianão 2011 com as Feras da 730 AM!
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sexta-feira, 18 de março de 2011

Dragão se complica na Copa do Brasil

Jogando no Serra Dourada nesta quinta-feira, 17, contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, o Coritiba fez valer seu excelente retrospecto na temporada 2011. Segue invicto e deu um grande passo rumo à classificação para a próxima fase do torneio. Venceu o Dragão por 2 a 1, com os dois gols marcados por Marcos Aurélio, o camisa 10 do time. Para o rubro-negro goianiense, quem anotou foi Gilson.

De um modo geral, o jogo foi equilibrado a maior parte do tempo. O Atlético saiu na frente no placar, dando provas de que tinha plenas condições de jogar de igual pra igual e até mesmo vencer o Coxa. Mas, de repente, o Dragão se perdeu, ficou confuso, e o Coritiba soube se aproveitar bem disso.

A base da equipe paranaense campeã da Segundona foi mantida, o que lhe proporcionou um ótimo entrosamento entre os jogadores. É um time coeso, de defesa muito bem postada e rápido contra-ataque. Enfrentar um adversário assim, expôs nitidamente as fragilidades do Atlético, a começar pelas laterais. Adriano e Thiago Feltri não tiveram boa atuação.

E se as jogadas atleticanas não fluiam pelas laterais, no meio campo também faltou uma referência. O setor foi prejudicado com a saída precoce de Felipe, contundido. Embora a substituição forçada tenha resultado em mais agilidade e até mesmo mais qualidade, com a entrada de Juninho, faltava uma mente criativa no elenco. As expectativas depositadas em Elvis foram frustradas. Com atuação apagada, não conseguia criar e demorou muito a sair.

Quando o técnico René Simões resolveu sacar Elvis, colocou um centro-avante, Diogo Campos, certamente na intenção de empurrar o time pra frente. A esta altura, o jogo estava empatado em 1 a 1, o que me faz pensar que o treinador poderia ter evitado a mudança brusca de esquema tático durante a partida, se já tivesse escalado o time titular com 3 atacantes em vez de 3 volantes.

Sem dúvida alguma, o ideal era colocar em campo uma formação armada para não sofrer gols, mas não funcionou. A tentativa de consertar o grupo, mudando o esquema durante o jogo, também não funcinou. Não deu certo simplesmente atacar por atacar, de qualquer jeito.

René Simões sinalizou para uma tentativa de recompor o meio campo, substituindo Ramalho por Preto. Não foi, no entanto, suficiente para segurar o empate. Rapidamente, Marcos Aurélio, o camisa 10 do Coxa, virou o placar, marcando seu segundo gol na partida. Por sinal, um golaço!

Após sofrer o segundo gol, o Atlético ficou totalmente perdido e o Coritiba teve, inclusive, chance de ampliar a vantagem e assegurar a classificação já neste primeiro jogo. O Dragão, por sua vez, tentou o empate, mas faltou referência também nas finalizações. Agora, resta a esperança para o jogo de volta.

Novo desafio profissional

De volta ao Batom Sem Firula. Agora, mais motivada do que nunca!
Depois de um descanso, estou com as energias renovadas. E no pique, com um novo desafio profissional: integrar o time de Feras da 730 AM!
Um convite que foi aceito por mim como uma grata surpresa. Sinal de reconhecimento do meu trabalho na crônica esportiva goiana e, ao mesmo tempo, um voto de confiança que me foi depositado para assumir tamanha responsabilidade.
A estreia nos microfones da 730, na última segunda-feira, 14, foi muito legal. Fui tão bem recebida por todos da equipe que me senti "em casa". Ontem à noite, chegou a hora de "estrear" na primeira jornada esportiva. Confesso que fiquei um tanto quanto ansiosa mas, bastou fazer a primeira participação para ficar mais à vontade.
Em resumo: estou feliz com o novo desafio e convido você a dividir comigo esta emoção.
Acompanhe a melhor equipe do rádio esportivo do Centro-Oeste brasileiro!
Ouça as Feras da 730: www.portal730.com.br