segunda-feira, 18 de abril de 2011

Atlético ainda é favorito ao Bicampeonato Goiano?

Terminada a primeira fase do Campeonato Goiano de 2011, talvez seja este o principal questionamento: o Atlético ainda é favorito ao título? Antes de responder, cabe uma rápida análise a respeito dos quatro semifinalistas.

Seguindo a ordem de classificação, começo pelo Dragão. Antes de a bola rolar no torneio, era quase unânime o favoritismo rubro-negro. Durante boa parte desta primeira fase, a equipe reafirmou isso. Disparou na pontuação e se garantiu na primeira posição. Classificou-se à semifinal por antecipação e pode, inclusive, se dar ao "luxo" de despencar de produção, sem ter ameaçado o seu posicionamento.

Mas o Atlético acabou perdendo em credibilidade. Contando com o Santa Helena neste domingo, são cinco derrotas consecutivas, incluindo as duas para o Coritiba pela Copa do Brasil. Trocaram Renê Simões por PC Gusmão e a situação parece ter piorado. Baixo rendimento, baixa qualidade e, podemos inferir, baixa auto-estima.

Na contramão da queda vertiginosa do Dragão, os outros três classificados cresceram no momento certo. Quem menos convencia, algumas rodadas atrás, era o Vila Nova. Mas foi exatamente ele quem garantiu a segunda posição e, consequentemente, a vantagem de, assim como o Atlético, jogar por dois resultados iguais na semifinal.

O Tigrão também trocou de treinador, mas o efeito foi indiscutivelmente melhor. Após a queda de Zago, Edmar Vasconcelos assumiu o comando técnico do time e se firmou no cargo graças aos resultados positivos: três vitórias e um empate. Somando-se a isso, os reforços corresponderam, garantindo a melhoria da qualidade técnica. Destaque para Paulo César.

Classificado em terceiro lugar, o Goiás somou a mesma quantidade de pontos que os antecessores e rivais: 36. Certamente, chorou os tentos perdidos para equipes tecnicamente inferiores, a exemplo do Morrinhos. Ainda assim, teve bom saldo. Mas, pelo bom momento, terá que dividir as atenções entre as semifinais do Goianão e as oitavas de final da Copa do Brasil, competição pela qual enfrenta o São Paulo nesta quarta-feira, no Estádio Serra Dourada.

O Verdão tem como grande diferencial a sequência de trabalho do técnico Artur Neto, a meu ver, o melhor deste torneio. Além, claro, de alguns talentos revelados, a começar por Felipe Amorim. Também tem como vantagem o fato de ter sido a única equipe entre as quatro classificadas a vencer todos os concorrentes que se garantiram na próxima fase.

Terminando a breve avaliação dos semifinalistas, a Anapolina, quarta colocada, chega com moral. Pela campanha que fez, poderia inclusive ter terminado a fase em primeiro lugar, não fosse o chamado "corpo mole" que os jogadores fizeram algumas rodadas atrás para derrubar o ex-técnico Arthurzinho.

Mais que isso, considerando-se o confronto direto entre os quatro classificados, a Rubra fez valer a alcunha de Xata e teve disparado o melhor desempenho. Por falar nisso, Anapolina faz a semifinal contra Atlético, adversário de quem roubou os 6 pontos disputados por eles na primeira fase. Se valesse apenas o retrospecto recente, o representante de Anápolis já estaria garantido na finalíssima. Mas, em se tratando de fase decisiva, a história pode ser diferente.

Até aqui, poderíamos afirmar que os quatro semifinalistas chegam quase em condições de igualdade. Quase. As vantagens que o regulamento da competição proporciona aos primeiro e segundo colocados podem ser fundamentais. Atlético e Vila enfrentam, respectivamente, Anapolina e Goiás e jogam por dois resultados iguais, ou seja, dois empates.

No caso do Dragão, pesa ainda o mando de campo do segundo jogo, que será no Serra Dourada. Nesse sentido, podemos dizer que, para Vila Nova e Goiás o campo é neutro. O Tigrão tem outro ponto a seu favor: o fato de o Verdão ter que se dividir entre duas competições.

Então, vamos ao que interessa. Respondendo à pergunta que dá título a esta análise, o Atlético deixou de ser favoritaço ao título. Mas, acreditando que a diretoria rubro-negra e o técnico PC Gusmão vão dar uma "sacudida" neste elenco e, ainda, que o regulamento favorece o Dragão, continuo apostando minhas fichas no Atlético, embora com receios... E você, aposta em quem?

terça-feira, 5 de abril de 2011

O que aconteceu ao Atlético?

É bem verdade que o Dragão ainda não fez este ano nenhuma partida excepcional. Também é fato que a equipe sente consideravelmente as baixas sofridas com a saída de Robston e Elias. O meio campo, que nas últimas temporadas era o grande diferencial do time, de longe não é mais o mesmo. Mas não é só isso.

Como explicar os últimos resultados? Já são três derrotas consecutivas, sendo duas pelo Goianão (Vila Nova e Anapolina) e outra pela Copa do Brasil, contra o Coritiba, que eliminou o Atlético do torneio nacional. Duas dessas derrotas ainda foram sob o comando de Renê Simões, dispensado pela diretoria rubro-negra exatamente após a previsível queda em Curitiba.

Pelo que o Dragão apresentou em campo na noite de ontem contra a Anapolina, no estádio Serra Dourada, é possível afirmar o óbvio: o problema do time não era o Renê Simões. Da tribuna, o novo comandante, que hoje será apresentado oficialmente, viu tudo. Certamente, PC Gusmão percebeu que vai ter muito trabalho.

A queda de rendimento da equipe, além do fator físico, sugere uma aparente insatisfação. Com o quê, precisamente, ainda não é possível afirmar. Mas algumas declarações nas últimas semanas soltaram farpas para todos os lados. Vale lembrar, para tentarmos um entendimento.

Tudo começou com o presidente, Valdivino José de Oliveira. Após a primeira derrota para o Coritiba, por 2 a 1 no Serra Dourada, ele falou claramente que "esse time é muito fraco para Campeonato Brasileiro". Infelizmente, acabou mal interpretado. Alguns veículos de comunicação, maldosamente, editaram a frase, cortando-a e mantendo apenas a afirmação "esse time é muito fraco". Pronto. Foi o suficiente para iniciar uma tempestade que ameaçou desconstruir tudo o que já havia sido feito na temporada.

Contornado este pequeno mal entendido, foi a vez do vice-presidente disparar para todos os lados. O "incidente" aconteceu após a derrota no clássico contra o Vila Nova. Maurício Sampaio não poupou ninguém: árbitro, bandeira, presidente da FGF, treinador e, claro, os jogadores, foram alvo de irritadas declarações. Impensadas também. Vou me ater apenas ao que ele disse do elenco, rotulando: "Esse é um time noturno sim. Se largar, a vaca vai para o brejo".

Esse tipo de declaração também manda a vaca para o brejo. Se algum problema existe, precisa ser resolvido internamente. Mas o diálogo parece não existir. Após o time ser desclassificado da Copa do Brasil, a queda de Renê Simões era esperada, embora alguns jogadores tenham se manifestado contrários a essa medida. O goleiro Márcio, por exemplo, chegou a dizer que seria um "retrocesso". Mas o diretor de futebol, Adson Batista, não gostou e, digamos, quis colocar cada um no seu lugar. "O Márcio tem que entender de jogar bola", disse ele.

Antes e depois da derrota para a Anapolina, novas declarações deram indícios de uma crise interna. Em entrevista à Rádio 730 na manhã desta segunda-feira, Márcio comentou o que foi dito por Adson à imprensa, reforçou sua opinião sobre a mudança de treinador e terminou com um ditado que poderia resumir tudo: "Manda quem pode, obedece quem tem juízo!".

Após a derrota por 3 a 2 para a Xata, uma nova bomba do goleirão: "Agora são três derrotas e a crise que algumas pessoas queriam", declarou. Demorou, mas Adson Batista reconheceu a crise que se inicia no Atlético. E pelo resumo dos últimos capítulos, aqui expostos, é melhor aparar as arestas e reencontrar o caminho certo. Afinal, a classificação à próxima fase do Goianão está garantida, mas o título não. Acho que nem é preciso falar da Série A do Campeonato Brasileiro...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Goiás elimina Macaca e avança na Copa do Brasil

Eu tinha o Goiás como favorito para passar às oitavas de final do Copa do Brasil. Mas acreditava que isso aconteceria no jogo de volta, quinta-feira que vem, no estádio Serra Dourada. Tal partida não vai acontecer. Isso porque o resultado obtido pelo Verdão ontem à noite, em Campinas, foi melhor que encomenda! 3 a 0 sobre a Ponte Preta! Dois gols de Guto, ainda no primeiro tempo, e Felipe Amorim fechando o placar, no comecinho da segunda etapa.

O futebol é mesmo uma caixinha de surpresas. Após a derrota de segunda-feira para o Morrinhos, pelo Goianão, era difícil apostar em tanta determinação dentro de campo diante da sexta colocada no Campeonato Paulista. A Macaca precisava vencer para retomar o fôlego na temporada, mas deu sinais de fragilidade e foi facilmente abatida pelos esmeraldinos.

Eu tinha um certo receio quanto a ausência de Hugo e consequente escalação de Guto. Mas acreditava que Felipe Amorim, escalado como atacante, voltaria a marcar com a camisa esmeraldina. Em partes, acertei nas previsões. Melhor ainda foi ter as expectativas superadas em relação ao artilheiro da partida.

A eliminação do jogo de volta foi uma grata surpresa conquistada pelo Goiás. O clube, agora, volta o foco ao Campeonato Goiano, no qual ocupa a terceira posição, e aguarda tranquilamente a definição de seu adversário nas oitavas de final da Copa do Brasil: São Paulo ou Santa Cruz? No primeiro confronto entre os tricolores, os pernambucanos venceram por 1 a 0 (com direito a gol contra do time paulista). Na próxima quarta-feira, voltam a se enfrentar no Morumbi.

É claro que eu acredito na classificação do Hexacampeão Brasileiro, Tri-Libertadores e Tri-Mundial! Mas, levando em conta meus quatro anos de moradia em Goiânia, trabalhando na crônica esportiva local, eu prometo que, caso o São Paulo se confirme na próxima fase, vou me esforçar em torcer pelo Goiás!