segunda-feira, 14 de maio de 2012

Festa Verde é legítima!

Deu a lógica no Goianão 2012! O Goiás fez a melhor campanha ao longo de todo o torneio e, por merecimento, chegou à decisão com vantagens previstas em regulamento. Com isso, precisou apenas empatar diante do Atlético para conquistar o título de Campeão Goiano. Foram dois grandes jogos, dignos das melhores equipes do futebol estadual.

Que Atlético e Goiás estariam mais uma vez na final, nunca houve dúvida. Ao longo de todo o Goianão, as duas equipes fizeram um campeonato à parte. Sempre com melhor desempenho do Verde. Nos dois confrontos diretos pela fase de classificação, ocorreram vitórias esmeraldinas. Detalhe: sem que o rubro-negro marcasse um gol. Além disso, o clube da Serrinha liderou o torneio de ponta a ponta, exceto por uma única rodada, na qual a primeira posição foi ocupada pelo Dragão.

Cabe ressaltar que o futebol apresentado pelo Goiás foi também o mais vistoso e convincente! O que reforça o mérito desta conquista. É claro que o Atlético cresceu na reta final, mas não o suficiente para reverter a vantagem adversária. E olha que teve oportunidade para isso. Basta lembrarmos a primeira partida da decisão. O Verde, cansado após garantir a classificação às quartas-de-final da Copa do Brasil em jogo pesado contra o Atlético-MG em Belo Horizonte, não conseguiu nem mesmo administrar a posse de bola, que é um ponto alto do elenco.

Em contrapartida, o time de Campinas, que se preparou única e exclusivamente para o confronto durante uma semana, não soube se aproveitar disso. Afirmo com convicção que foi no primeiro jogo da final que o Atlético descartou o inédito Tricampeonato. Se o empate favorecia o rival, como explicar a escalação do time com 5 volantes e tendo um meia como Elias no banco de reservas? Adilson Batista errou! Isso é fato!

Talvez, sentindo-se pressionado por essa falha anterior, no último jogo o técnico decidiu escalar o Dragão como todos queriam. A fórmula certa surtiu efeito, mas apenas temporariamente. Após abrir o placar, o Atlético recuou. Isso ficou ainda mais evidente no início do segundo tempo, quando o time voltou com a primeira alteração. Fechando-se no setor defensivo, chamou o adversário pra cima de si e pediu para levar o gol de empate. A virada só não aconteceu graças à atuação destacada do goleiro Roberto.

Para os rubro-negros o gol do título esmeraldino marcado por Ramon (diga-se de passagem, um GOLAÇO!) foi irregular. Não foi! Vi e revi o lance inúmeras vezes. O jogador estava em posição legal! A única queixa pertinente em relação à arbitragem seria pelo impedimento marcado, ainda no primeiro tempo, em lance de Diogo Campos. Mandrake! Resultaria, sem dúvida, no segundo gol atleticano. Mas quem garante que o adversário não conseguiria chegar ao empate, que lhe era suficiente?

Em resumo: a conquista do Goiás não é carregada de nenhuma mancha. É legítima! Justa e merecida! Resta ao Atlético-GO uma auto-análise dos erros cometidos neste começo de temporada, o que inclui o desempenho na Copa do Brasil, visando se aperfeiçoar para cumprir o restante do calendário. Lembrando que, além da Série A do Brasileirão, o Dragão tem uma inédita Copa Sul Americana para disputar. Já o Goiás, comemore! Mas não perca o foco. Nesta quarta-feira tem novo jogo duro e decisivo contra o São Paulo, visando a classificação às semifinais da Copa do Brasil. E a Série B já vai começar!

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