Devido à correria de hoje, demorei um pouco para atualizar este espaço. Mas ainda está em tempo de cumprimentar o Atlético pela sofrida classificação às semifinais da Copa do Brasil, ontem à noite no Estádio Serra Dourada. Feito histórico do Dragão e que merece ser registrado.
O jogo em si não foi tão bonito de se ver. O elenco rubro-negro mostrou nervosismo diante do fraco Palmeiras. O visitante paulista, totalmente retrancado, reforçou a marcação nos principais jogadores atleticanos e impediu que eles pudesse atuar melhor. Bom exemplo disso foi o atacante Juninho.
Impossível contar os passes errados de ambos os lados. Na verdade, os erros constantes e sucessivos mostravam que as duas equipes estavam desesperadas para resolver tudo dentro dos 90 minutos da partida. O Verde jogava pelo empate. Os goianos precisavam vencer por 2 ou mais gols de diferença.
Mas a bola não chegava ao ataque rubro-negro. Quando alguma bela triangulação era feita, matava-se a jogada num cruzamento mal feito ou num chute de longa distância que, quando não era defendido pelo goleiro Marcos era porque não oferecia de fato nenhum perigo.
De um modo geral, os atletas estavam afoitos e pareciam querer resolver tudo na individualidade. Robston, o craque do Goianão, foi prova disso e seu desempenho ficou aquém do que realmente tem mostrado nos últimos tempos. Diante desse resumido cenário, as coisas caminhavam para a classificação palmeirense.
Até que, do banco, novamente apareceu a estrela rubro-negra. Marcão entrou no segundo tempo, em substituição a Rodrigo Tiuí. E foi o desajeitado Marcão quem fez o gol que manteve vivas as esperanças atleticanas. O Dragão venceu por 1 a 0 no tempo regulamentar. Mesmo placar da vitória do Palmeiras no Palestra Itália.
Com este resultado, o jeito foi decidir nos pênaltis. E tinha mesmo que ser sofrido. Primeiro, Márcio tentou defender, mas o jogador alviverde converteu. Em seguida, o goleiro-artilheiro do Atlético se posicionou para bater e, no duelo com Marcos, desmoralizou o rival com uma escandalosa paradinha e o gol de empate.
Depois disso, teve chance desperdiçada pelo Palmeiras e uma sucessão de defesas dos goleiros. Ao final das 10 cobranças, apenas 3 foram convertidas, sendo duas do Atlético. O melhor goleiro do Goianão provou ser um grande goleiro e transmitiu ainda mais confiança aos torcedores ao defender 3 cobranças. Desempenho superior ao do goleiro adversário, o renomado Marcos.
Todo o elenco atleticano está de parabéns por mais esta conquista. Mas, pelo que aconteceu na noite desta quarta-feira, três jogadores, em especial, merecem destaque: O atacante Marcão, que fez o gol no segundo tempo e, consequentemente, levou a decisão para os pênaltis; Márcio, que fechou o gol rubro-negro e defendeu até mais que o esperado; e o meia Elias, que converteu a última cobrança, desempatando as penalidades.
A lição que fica desta emocionante e apertada classificação é a de que, em momentos de pressão, a tranquilidade deve ser mantida, dentro das possibilidades. Desespero não leva a lugar nenhum. Na verdade, só atrapalha.
O Atlético está provando, com resultados, que é um grande time e que precisa ser respeitado como tal. Estar nas semifinais da Copa do Brasil é algo inédito na história do clube de Campinas, o que já é motivo suficiente para comemoração. O que vier, agora, é lucro! Respeitando o adversário e acreditando no próprio potencial, o Dragão tem chances reais de disputar o título e, com competência e um pouquinho de sorte também, até mesmo conquistá-lo. Então, que venha o Vitória e, principalmente, que a vitória seja atleticana!
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