terça-feira, 22 de abril de 2008

De cabeça fria

Passada a choradeira da desclassificação do Atlético no Campeonato Goiano, espero que o presidente Valdivino de Oliveira tenha esfriado a cabeça e repensado as bobagens que disse e fez no último domingo.
Foi de uma infelicidade tamanha o comportamento dele e de outros dirigentes do clube (a citar Maurício Sampaio e Ádson Batista) antes, durante e depois da partida contra o Itumbiara, valendo vaga para a final da competição.
Buscar desculpas para justificar a derrota, em vez de assumir a inferioridade da equipe diante do adversário, é papel de quem não sabe perder. E, conseqüentemente, não está preparado para jogar!
Não deve ser à toa que o Tricolor venceu as quatro partidas que jogou contra o Dragão este ano – uma delas, inclusive, no Estádio Antônio Accioly. O Itumbiara tem um time bem melhor que o do Atlético e se preparou muito mais para o Goianão.
Isso sem contar os trabalhos de bastidores – e não estou falando de compra de arbitragem, mas de motivação extra-campo. Enquanto os dirigentes do Atlético se preocupavam em acusar e barrar o adversário, o presidente de honra do Gigante e prefeito de Itumbiara, José Gomes da Rocha, buscava fortalecer o nome da equipe.
Valdivino de Oliveira quase que dobrou o preço dos ingressos, talvez no intuito de impedir uma invasão da torcida Tricolor. Zé Gomes buscou o apoio de empresários itumbiarenses e coloriu o Serra Dourada com um público fantástico! Ele mesmo estava em frente ao estádio distribuindo camisas aos torcedores, momentos antes da partida decisiva.
Político e marqueteiro como sempre foi, Zé Gomes chegou acompanhado do vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, Weber Magalhães. Presença ilustre, ainda mais num momento em que todas as forças estaduais se unem para fazer de Goiânia uma das sedes na Copa do Mundo de 2014.
E o que foi que o Sr. Valdivino de Oliveira fez? Colocou o dedo em riste no rosto deste importante visitante que, segundo Ádson Batista, teria tentado entrar no vestiário do árbitro Héber Roberto Lopes a pedido de Zé Gomes. Tal acusação sugeria uma possível influência da arbitragem no resultado da partida, antes mesmo de a bola rolar em campo.
Será que o presidente do Atlético não se tocou de que tudo não poderia passar de um cumprimento cortês de um representante oficial da CBF a um árbitro FIFA? Conforme constatado, ninguém além de André Pita, presidente da Federação Goiana de Futebol, entrou no tal vestiário.

Sendo assim, o que fez Weber Magalhães para ser tão mal recebido pelos mandantes do jogo? E o pior: que impressão ele vai levar ao presidente da entidade, Ricardo Teixeira, sobre sua visita a Goiânia, cidade candidata a sede da Copa?
É, Valdivino de Oliveira, parece que o senhor fez bobagem...

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