Rumo à Série A

O Vila Nova conseguiu ontem mais uma importante vitória pela Série B do Campeonato Brasileiro. Jogando no Serra Dourada, o Tigrão bateu o Corinthians por 2 a 1 e ainda perdeu várias oportunidades de gols.
Com o resultado, o time colorado voltou ao G4, o grupo formado pelos quatro clubes que conseguem o acesso à elite do futebol nacional. Melhor que isso: o Vila Nova, agora, está a apenas 6 pontos do primeiro colocado, que é o próprio Timão.
Após vencer, consecutivamente, o vice-líder e o líder da competição e voltar a figurar entre os quatro primeiros colocados, a equipe comandada pelo técnico Givanildo Oliveira já pode inclusive pensar mais alto e até mesmo sonhar com o título da Segundona.
Se o único adversário realmente temido nessa disputa era o Corinthians, após vencê-lo e jogando bem, o Vila Nova conquistou toda a confiança da torcida para acreditar cada vez mais no acesso. O clube provou que tem um bom elenco, competente, com raça, determinação e coragem de buscar o resultado até o último minuto. Quase sempre, literalmente falando... Não foram raras as vezes que o Tigrão conseguiu vencer ou empatar já nos minutos finais ou até mesmo nos acréscimos.
Mas, num campeonato de pontos corridos, o que importa não é o sufoco em si, mas os tentos que são contabilizados. Agora, se realmente quiser acreditar que pode ir mais longe, é bom que o treinador acerte os últimos detalhes que faltam no grupo. E nem é muita coisa. No momento, talvez, o que precise de ajuste seja o miolo de zaga.

Fora rebaixamento

Na Série A, o fim de semana foi marcado pelo encerramento do primeiro turno do campeonato. E o único representante goiano na elite conseguiu terminar esta fase com uma boa classificação. O Goiás é o 13o colocado, garantindo, por enquanto, a última vaga para a Copa Sul-Americana.
Mas a última rodada não foi das melhores. O time foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo. Jogou bem, perdeu boas oportunidades, questionou a arbitragem, mas acabou perdendo para o Tricolor Paulista por 2 a 1.
É claro que o árbitro Francisco de Assis Almeida Filho, do Ceará, cometeu graves erros, mas nada que influenciasse diretamente no resultado. Principalmente pelo fato de que ele parece ter aplicado a "lei da compensação".
O São Paulo vencia por 1 a 0 quando Iarley se aproveitou da marcação dentro da grande área e se jogou, cavando pênalti. Cobrou muito bem e converteu, empatando. Mas a penalidade não existiu! Jogando muito melhor, o time paulista marcou o segundo gol ainda no primeiro tempo.
Após o intervalo, o Goiás bem que tentou reagir, mas o Tricolor ainda manteve a superioridade. Dagoberto chegou a marcar o terceiro, mas o árbitro, apesar da demora, acusou o impedimento de André Lima, que havia participado da jogada, e anulou o gol. É claro que aguentou uma pressão danada de todo o time do Morumbi. Resultado: minutos depois, Richarlyson fez pênalti e o árbitro não deu. Até aqui, ficou elas por elas.
Já aos 46 do segundo tempo, em posição regular, Paulo Baier mandou uma bola na trave. Ele seguiu o lance, mesmo após a arbitragem acusar um impedimento que não houve. Como a bola não entrou, não adianta ninguém querer culpar.
A verdade é que o São Paulo foi superior durante todo o jogo, embora o Verdão tenha atuado relativamente bem. Com o fim do primeiro turno, o Goiás conseguiu espantar o fantasma do rebaixamento, mas ainda está bem longe de conseguir uma vaga para a Libertadores.
Se tiver essa pretensão, é bom o técnico Hélio dos Anjos parar de reclamar da arbitragem e colocar o time realmente nos eixos. Particularmente, não acredito que o clube esmeraldino tenha fôlego para chegar entre os quatro primeiros. Ao menos tempo, porém, considero que o grupo já deu mostras suficientes de que não precisa mais chegar à última rodada brigando para não cair.
Se conseguir terminar o campeonato na zona intermediária, o Goiás estará no lucro. Com o mínimo de competência, poderá se garantir na Sul-Americana.